segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Segurança intrínseca. O que é? Como aplicá-la?

Dizem que a melhor forma de evitar acidentes, é a prevenção.
Baseado nessa premissa, temos o método de proteção contra explosões "Ex i", ou Segurança Intrínseca. O único método de proteção capaz de atuar em Zona 0/20 aceito tanto pela IEC quanto pela NEC.

Mas como funciona esse método? Porque ele é tão seguro? Como posso aplicá-lo?


Como funciona?

Através de circuitos de segurança apropriados, os níveis de tensão e corrente são limitados a valores tão baixos que não são capazes de produzir energia suficiente para a ignição de uma atmosfera explosiva.
Os equipamentos em segurança intrínseca possuem 3 classificações:
  • Ex ia - Permite que o equipamento trabalhe em zona 0 / 20 (pior caso);
  • Ex ib - Permite que o equipamento trabalhe em zona 1 / 21;
  • Ex ic - Permite que o equipamento trabalhe em zona 2 / 22;
Um equipamento classificado "Ex ia" pode trabalhar em qualquer outra classificação de área, zona 1 ou 2, que são áreas menos críticas que a zona 0. A mesma lógica também é válida para o "Ex ib", que além de atuar em zona 1, também pode atuar em zona 2.

A norma aplicável para este método de proteção é a NBR IEC 60079-11.

Porque este método é tão seguro?

Quando dimensionado corretamente, este método de proteção permite ao usuário trabalhar no circuito à quente, mesmo com uma atmosfera explosiva presente. Dessa forma, mesmo uma ação equivocada, como um curto circuito, não seria capaz de gerar uma ignição.
Outro ponto importante é que o circuito de segurança que realiza a limitação da energia do campo, possui o que chamamos de circuitos infalíveis, que são circuitos de proteção redundantes e capazes de cortar a energia em caso de falha.

Como posso aplicar?

Para utilizar esse método de segurança, seu circuito deverá ser composto basicamente de 3 componentes:
  1. Uma barreira de segurança intrínseca ou uma simples barreira zener, ambas devidamente certificadas com uma saída elétrica intrinsecamente segura "[Ex i*]";
  2. Cabeamento devidamente identificado, a norma sugere que os cabeamentos e bandejamentos sejam identificado pela cor azul-claro;

  3. Um instrumento devidamente certificado como intrinsecamente seguro "Ex i*";

Para atestar a efetividade da segurança, além da compatibilidade dos parâmetros elétricos, deve-se verificar também os parâmetros de entidades, que nada mais são do que os parâmetros de segurança do circuito.
A relação é simples:

Clique na imagem para aumentar

Pronto! Agora o seu equipamento está apto a trabalhar em área classificada. Veja abaixo um exemplo de ligação de um instrumento de medição 4-20mA ao controlador, através de uma barreira de segurança intrínseca:


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Até a próxima!

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