Mais segurança para sua aplicação - Relés de Segurança

Por mais simples que seja, executar comandos digitais através de relés comuns pode não ser uma ação tão confiável, afinal, a bobina pode falhar, contatos podem colar, entre outros problemas.

Se seu processo não é crítico, ok, com um simples feedback do dispositivo que deveria atuar, você detecta a falha e troca o relé.

Mas e se esse relé falhar quando estiver controlando a válvula de injeção de combustível de um forno? Você terá tempo hábil para corrigir o problema antes que um acidente ocorra?

Não podemos garantir que equipamentos sejam isentos de falhas, mas podemos trabalhar de forma a maximizar a segurança na ocorrência delas. A norma IEC 61508 (Functional Safety of Electrical/Electronic/Programmable Electronic Safety-related Systems), estabelece regras para garantir que sistemas possuam o nível de integridade da segurança (SIL - Safety Integrity Level). Estes são mensurados do nível SIL1 até SIL4, sendo o SIL1 o mais convencional, enquanto o SIL4 mais seguro.

Para o exemplo dado acima, o dispositivo de acionamento (relé) poderia ser trocado por um modelo que atende a classificação SIL3. Vejamos algumas opções de relés de segurança de acordo com a aplicação:

Na imagem temos 2 tipos de técnicas que tornam um relé comum em um relé de segurança:

DTS (De-energized To Safe) - com 3 relés conectados em série, garantimos o desligamento de um equipamento crítico, mesmo que ocorra uma falha em um dos relés (e.g. Contatos colados). Neste caso, até duas falhas seriam aceitáveis.

ETS (Energized To Safe) - agora com os 3 relés em paralelo, garantimos que um equipamento será energizado, mesmo que um ou dois relés falhem.

Existem ainda no mercado, relés que comportam um mix dessas duas técnicas, dessa forma, além de permitirem o DTS e o ETS através de um único comando, também permitem utilizar a técnica DPS (Dual Pole Switching):

Assim garantimos o desligamento e o acionamento de um terminado equipamento.

Concluindo
O objetivo principal destes relés é garantir que o sistema seja colocado em uma condição segura em caso de falha. Por exemplo, garantir que um determinado motor desligue, ou que uma válvula esteja fechada e até mesmo acionar algum tipo de dispositivo de segurança.

Em breve trarei mais informações sobres circuitos SIL.